Vento, chuva, frio e procrastinação
Nestes dias em que chove, faz frio e o vento bate na janela, a procrastinação apodera-se de mim com toda a sua força.
Não apetece fazer nada, mas mesmo nada. A única coisa que apetece é ficar enroscada numa manta a bebericar chá quente e ler.
Olho à volta e só vejo tarefas para fazer e penso que até me aquecia se arrumasse aquilo ou limpasse acolá...mas mexo-me? Nem o dedo mindinho mexe.
A procrastinação quando vem apoderar-se da nossa alma, mais do que o corpo que não quer mexer. Vem de mansinho e quando damos conta estamos completamente dominados por ela. Maldita seja. E se vem de mansinho para que eu não perceba que ela se está a apoderar de mim, quando se instala é como uma doença. E o pior é que não há comprimidos para tomar e combater esta doença.
O tempo passa e não melhora, só piora. Sabemos que temos que reagir e lutar contra ela. Mas os dias passam e ela leva a melhor. Maldita seja mais uma vez.
E ela é tão maldosa, que não se fica por aí. Ainda trás mais sentimentos negativos, para agravar as entranhas do nosso ser. Sentimos culpa e vergonha porque enganamos o próximo como podemos para que não percebam no estado lastimável em que nos encontramos. Mas sentimos sobretudo vergonha de nós próprios por nem sempre sermos mais fortes do que gostaríamos de ser.
A realidade é que vamos sempre encontrar forças no fundo do nosso ser que nem sabemos que existiam para combater esta doença dos meus e se calhar vossos/nossos dias. E voltamos a respirar como se estivéssemos estado de baixo de água mais tempo do que deveríamos.
E vamos à nossa vida até uma próxima vez.